terça-feira, 11 de novembro de 2014

Orgulho de família

Como eles crescem!

Apita o comboio, lá foi a apitar

Duas linhas sobre esta viagem.

Para actriz, as deixas estão muito fracas. “Ó lá, estou a 220 km/hora no comboio, uau, uau, estou dirigindo um alfa. Olha eu no comando do Alfa. Uau... a 220 km/hora. Uau. Olha eu no comando. Uau”.

Wow! É preciso talento!

Para comboio, este alfa anda mais rápido do que a própria velocidade. Andou por aí a apitar em 2011 e só agora o apanharam? Três anos depois!

Wow! Haja impontualidade!

Filmes

Não é preconceito, garantem-me. Mas, por mais que argumentem e contra-argumentem continuo sem perceber por que raio a interpretação de um gay por um actor heterossexual fica mais na retina do que a interpretação de um heterossexual por um gay. “É um filme com cenas muito explícitas, e deve ser muito complicado para um actor não gay fazê-las, porque não é essa a sua orientação”. Mas afinal representar não é isso? Vestir outras peles? Viver outras vidas? Por que se valoriza tanto a questão sexual? É suposto ser mais difícil um hetero interpretar um gay do que um paz de espírito interpretar um homicida? Ou não estará a própria definição de “cenas muito explícitas” ‘contaminada’ de preconceitos? 

Sem maiores considerações, acrescento apenas que vi exactamente o mesmo filme e talvez esse fosse o último comentário que me ocorreria fazer sobre a história. Aliás, até agora nem sequer tinha pensado na acção nesses termos. Por isso não acho que o bom desempenho do actor o eleve à condição de fora-de-série apenas por não ser gay. Um bom desempenho arrebata-nos. Independentemente de ses.

sábado, 8 de novembro de 2014

Eu, cirurgiã




“Surgeons are bred to be invulnerable. It’s very hard to lay ourselves spare because we know how deep some injuries can go. But vulnerability isn’t the opposite of strength. It’s a necessary part. We have to force ourselves to open up, to expose ourselves, to offer up everything we have and just pray that it’s good enough. Otherwise we’ll never succeed”*.

*Grey's Anatomy

Constatação


Homens! Por extensão a burros. 


"Zornão

adjectivo

1. [Portugal: Trás-os-Montes] Diz-se do burro muito zurrador, sobretudo na presença de uma fêmea.

2. [Por extensão] Diz-se do homem que gosta muito de mulheres. = FEMEEIRO"

*in Priberam

sexta-feira, 7 de novembro de 2014

A cor dos sonhos

Diz ele que sonha a preto e branco. Insiste que, como ele, todos sonham a preto e branco. Eu, que tenho sonhos carregados de cor, contesto e adivinho-lhe um desajuste de sintonização, próprio de quem ainda é do tempo da TV a preto a branco. E não é que tenho alguma razão?


Não há almoços grátis



Com 30 dólares subtraídos ao bolso, por um almoço-buffet que nem 15 dólares vale, avanço para a sobremesa sem grandes expectativas de recompensa. “Pede uma sugestão ao rapaz”, desafia a Vê. Interesso-me por saber porquê. “Fui aconselhada a comer fruta porque, como estou gorda, devo estar de dieta”.

Digiro a saída indigesta e, já agora, como pago o mesmo e não tenho balança, arrisco a interrogação: E eu? “Ah, como é assim toda manequim também é melhor ficar pela fruta”.

Moral da história: adeus lógica da batata, olá lógica da fruta.