terça-feira, 30 de dezembro de 2008

12 passos a caminho do melhor 2009 de sempre


Janeiro
Deixa-te de socratinices. Está mais do que provado que o povo estica-se nas intenções da ‘virada’. Ilusões, desilusões, planos, frustrações… Que tal começares o ano com boas realizações? Do tipo: comprares o bilhete para o Benfica-Braga. Ah! E não te esqueças de assistir em directo à tomada de posse do meu querido Presidente (dia 20).
Get involved!

Fevereiro
Combate o mercantilismo do dia 14 comemorando o dia 28 de Fevereiro de 1904. Não sabes porquê? Isso pode explicar algumas mazelas da tua vida…
Make history!

Março
Passarinhos a bailar? Árvores e flores a dar a dar? Ou mais uma Primavera trocada pelas alterações climáticas?
Don’t waste our planet!

Abril
Primeiro trimestre do ano cumprido, aquela ligeira pressão para balanços preliminares… mas preliminar é bom, não?
Take your time!

Maio
Advertência exclusiva para as gajas da minha vida: fujam dos touros. Mas se porventura eles conseguirem ser mais rápidos do que a vossa mais veloz corrida (temo que o consigam…) deixem-se apanhar com estilo. Que é como quem diz: sem o peso daqueles adornos pontiagudos.
Be smart!

Junho
Por muito apanhado que o clima esteja, este é o momento de cobrares as ‘poupanças’ que começaste a fazer em Março! Decreta então (contra qualquer vento de alteração climática) o início do Verão, o começo dos banhos de mar, o vendaval das sandochas temperadas com areia, o romance das noites pouco vestidas…
Enjoy!

Julho
Muito importante dares-me os parabéns. Muito importante mesmo. Tão importante que deste infinitamente acertado gesto vai depender o rumo do teu restante 2009.
Staying alive!

Agosto
Como não fazer coisas silly na silly season? Tipo insistir em escapadinhas a Sul, quando no Sul não há buraco que escape à invasão do camone cor de bife? Não há como evitar? Então, que as coisas silly que faças sejam especialmente silly..simplesmente por serem tuas.
Be yourself!

Setembro
Depois da silly vem…a época da rentrée. Reentrar no quê? Na escola? No trabalho? Antes que a confusão se instale, escolhe o que queres fazer da tua reentrada.
Drawn your world!

Outubro
Oops! Com o clima de romance ‘junino’ (do dicionário verde-amarelo) há quem tenha deixado fugir a votação para as Europeias… Vá! Corrige a má imagem do absentismo de época e faz o favor de ir às urnas. Diz o calendário eleitoral que Outubro é de Legislativas, seguidas ou intercaladas de Autárquicas (alguém já percebeu?).
Stand up for your rights!

Novembro
A viagem à Bahia de todas as alegrias, o shop-shop nova-iorquino, o bate-perna no eixo London-Paris…Que os embates da crise (vamos acreditar que nesta fase o pior já era), e alguns cortes temporários de energia (ninguém está livre de perder o gás), não afrouxem a tua capacidade de voar.

Impossible is nothing!

Dezembro
Chegaste até aqui? Vê-se bem que cumpriste a recomendação de Julho. Por isso, é mais do que justo recompensar-te pelo bom acerto.
Congratulations, you’re a survivor!


N.A. (Nota de autor): Os pontos de exclamação servem apenas para elevar a média da minha pontuação.

sexta-feira, 26 de dezembro de 2008

Flash






Insinuante, por vezes perturbador. Também hipnotizante, chega a ser dominador. Descubro-o de soslaio por incertas esquinas visuais e resisto o tempo de uns bem conjugados verbos. Como insiste em colocar-me sob um foco, encontro-me nele enquanto me vejo perdida na sua profundidade. Entrego-me aos silêncios e sinto-os encaixarem na medida exacta do intervalo das palavras. Vejo verdades, estranho cumplicidades mas não enjeito intimidades. Descomprometidamente pergunto-me: se uma imagem vale por mil palavras, quanto vale um bom olhar?

quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

terça-feira, 9 de dezembro de 2008

Stress de época




Repetem-me que ainda é cedo para perceber. Dizem-me que só lá mais para a frente encontrarei o meu sentido, algures no cruzamento dos meus caminhos com os troços da maternidade e da conjugalidade. Até lá, confessam invejar-me a sorte e vivamente recomendam-me que vá gozando…



...o Natal sem marido, a consoada sem filhos…as conversas esvaziadas de familiares com quem não se está familiarizado. Num festival de ruído falado, questionam a minha natureza terrestre e situam-me num planeta desconhecido, onde não existe preocupação com o figurino de Natal.



Insisto. Sim, é verdade. Na minha família a única preocupação de Natal é estarmos juntos. Não por não o estarmos durante o resto do ano, mas por fazermos questão de celebrar o Natal. Sem cerimónias, e sempre com o descomplicómetro ligado.