terça-feira, 30 de dezembro de 2008
12 passos a caminho do melhor 2009 de sempre
Janeiro
Deixa-te de socratinices. Está mais do que provado que o povo estica-se nas intenções da ‘virada’. Ilusões, desilusões, planos, frustrações… Que tal começares o ano com boas realizações? Do tipo: comprares o bilhete para o Benfica-Braga. Ah! E não te esqueças de assistir em directo à tomada de posse do meu querido Presidente (dia 20).
Get involved!
Fevereiro
Combate o mercantilismo do dia 14 comemorando o dia 28 de Fevereiro de 1904. Não sabes porquê? Isso pode explicar algumas mazelas da tua vida…
Make history!
Março
Passarinhos a bailar? Árvores e flores a dar a dar? Ou mais uma Primavera trocada pelas alterações climáticas?
Don’t waste our planet!
Abril
Primeiro trimestre do ano cumprido, aquela ligeira pressão para balanços preliminares… mas preliminar é bom, não?
Take your time!
Maio
Advertência exclusiva para as gajas da minha vida: fujam dos touros. Mas se porventura eles conseguirem ser mais rápidos do que a vossa mais veloz corrida (temo que o consigam…) deixem-se apanhar com estilo. Que é como quem diz: sem o peso daqueles adornos pontiagudos.
Be smart!
Junho
Por muito apanhado que o clima esteja, este é o momento de cobrares as ‘poupanças’ que começaste a fazer em Março! Decreta então (contra qualquer vento de alteração climática) o início do Verão, o começo dos banhos de mar, o vendaval das sandochas temperadas com areia, o romance das noites pouco vestidas…
Enjoy!
Julho
Muito importante dares-me os parabéns. Muito importante mesmo. Tão importante que deste infinitamente acertado gesto vai depender o rumo do teu restante 2009.
Staying alive!
Agosto
Como não fazer coisas silly na silly season? Tipo insistir em escapadinhas a Sul, quando no Sul não há buraco que escape à invasão do camone cor de bife? Não há como evitar? Então, que as coisas silly que faças sejam especialmente silly..simplesmente por serem tuas.
Be yourself!
Setembro
Depois da silly vem…a época da rentrée. Reentrar no quê? Na escola? No trabalho? Antes que a confusão se instale, escolhe o que queres fazer da tua reentrada.
Drawn your world!
Outubro
Oops! Com o clima de romance ‘junino’ (do dicionário verde-amarelo) há quem tenha deixado fugir a votação para as Europeias… Vá! Corrige a má imagem do absentismo de época e faz o favor de ir às urnas. Diz o calendário eleitoral que Outubro é de Legislativas, seguidas ou intercaladas de Autárquicas (alguém já percebeu?).
Stand up for your rights!
Novembro
A viagem à Bahia de todas as alegrias, o shop-shop nova-iorquino, o bate-perna no eixo London-Paris…Que os embates da crise (vamos acreditar que nesta fase o pior já era), e alguns cortes temporários de energia (ninguém está livre de perder o gás), não afrouxem a tua capacidade de voar.
Impossible is nothing!
Dezembro
Chegaste até aqui? Vê-se bem que cumpriste a recomendação de Julho. Por isso, é mais do que justo recompensar-te pelo bom acerto.
Congratulations, you’re a survivor!
N.A. (Nota de autor): Os pontos de exclamação servem apenas para elevar a média da minha pontuação.
sexta-feira, 26 de dezembro de 2008
Flash
quinta-feira, 25 de dezembro de 2008
quarta-feira, 10 de dezembro de 2008
terça-feira, 9 de dezembro de 2008
Stress de época
Repetem-me que ainda é cedo para perceber. Dizem-me que só lá mais para a frente encontrarei o meu sentido, algures no cruzamento dos meus caminhos com os troços da maternidade e da conjugalidade. Até lá, confessam invejar-me a sorte e vivamente recomendam-me que vá gozando…
terça-feira, 18 de novembro de 2008
Casual
terça-feira, 11 de novembro de 2008
Salto e Cunha
Imaginava eu, nesse longínquo 2002, que o único dos meus pesadelos seria não encontrar alguém que me reconhecesse valor. Constato eu, neste presente 2008, que igualmente, ou ainda mais aflitivo, é encontrar quem nos atribua valor, sem que daí resulte um real reconhecimento desse valor. Constato eu que, à falta de uma cunha ou de uma ascensão de propriedade horizontal, só mesmo algum mérito para me conservar na corrida deste campeonato, embora nem todo o mérito do mundo me valha o acesso à Liga milionária.
sexta-feira, 7 de novembro de 2008
Mais gente sem perspectiva
Mas por maior que seja o meu conhecimento sobre o pior do tipo, o tipo acaba sempre por superar as suas próprias marcas de putrefacção. A mais recente, surgida a pretexto da eleição de terça-feira, acentuou-lhe os preconceitos, o ressaibo e a incapacidade de ouvir e de ver o que o rodeia.
Qual autista do século, senão mesmo do milénio, o tipo - que para meu calvário até já foi meu chefe - optou por destacar o mau legado de um George Bush em vez de reconhecer o bom presságio que a escolha de Barack Obama introduz. Qual fascista repugnante, o tipo - que para meu gáudio deixou de ser meu chefe - preferiu descontar do crédito mundialmente atribuído a Obama (ou a qualquer recém-eleito) as já longas quedas bolsitas, ou a já habitual estratégia russa de exibição de força. Faltou atribuir a Obama as culpas do aquecimento global, e de tantas outras maleitas da Humanidade.
Afinal, observa o tipo, Obama foi eleito e o mundo continua assoberbado de problemas. Pior do que estar sentada de frente para o tipo, é saber que há quem lhe pague para escrever barbaridades, assinando a vergonha de uma edição historicamente manchada.
quarta-feira, 5 de novembro de 2008
Inspirador
terça-feira, 4 de novembro de 2008
Estar de esperanças
segunda-feira, 3 de novembro de 2008
Confissões de adolescente
Apetece-me fazer algo diferente, algo que me dê ainda mais prazer do que ver o Benfica ganhar.
Hoje fiz a minha primeira prova global. Tanto se falou nas famosas globais, mas pelo que vi não me parecem assim tão monstruosas.
Um repugnante acontecimento marcou a madrugada de 10 de Junho no Bairro Alto. Um grupo de 50 jovens, denominados skinheads, invadiu as ruas do já citado bairro com o intuito de agredir todas as pessoas que fossem encontrando, desde que tivessem um tom de pele diferente do deles.
O Artur Jorge já foi dispensado. Graças a Deus!
Outra vez o Emanuel...
Férias! Yupi!
Já sou uma trabalhadora. Isso de distribuir publicidade tem muito que se lhe diga!
Perdi o 1.º jogo do Campeonato. Não tinha companhia e faltavam-me 200$ para o bilhete.
quinta-feira, 30 de outubro de 2008
Felicidade
sexta-feira, 24 de outubro de 2008
W(ONDERFUL) Nights
sexta-feira, 17 de outubro de 2008
Gente sem perspectiva
segunda-feira, 13 de outubro de 2008
Incêndio não circunscrito
Já em Maré Alta, designação do after-hours lá da terra, há quem tenha explorado o corredor dos prazeres, quem tenha pressentido o pior numa longa espera na casa de banho, e quem se tenha redimido - com generosas rodadas de shots - de falhas graves cometidas no Plano B. O tal plano onde um barman alertava para o perigo de incêndio, com a mesma naturalidade com que um tripeiro reflectia comigo sobre o factor Obama. Entretanto passou uma semana, e se por circunscrito entendermos restrito ou limitado, convém deixar bem claro que o incêndio que deflagrou no Porto continua por circunscrever. Em Lisboa ou no Porto, no Porto e em Lisboa. Seja qual for o lugar, a combustão está lançada.
terça-feira, 7 de outubro de 2008
A invasão segue dentro de momentos
Entre risos e cantorias, deixámos os movimentos de dança fluírem sobre rodas. Pelo caminho, ainda houve tempo para provocações e desafios de circunstância, criteriosamente dirigidos às tropas da Amadora. Gole daqui, música dali, chegámos já quentes à Póvoa de Varzim. O destino da primeira paragem, oportunamente traçado para uma ladies night - ou noite das mulheres na versão Norte - era o Buddha local.
sexta-feira, 3 de outubro de 2008
Programa de festas
Começamos nos emails, continuamos com as sms e, vai não vai, acabamos sempre em alta. Não importa onde. «Sugestões?»
Impossível não repetir: «EU GOSTO É DISTO».
Aliás, gostamos! Tanto, que daqui a poucas horas vamos gostar para o Porto. A ver se a cidade aguenta Invicta a nossa pressão...
segunda-feira, 29 de setembro de 2008
Indigno de notas
Fim de mais um almoço que me soube a pouco. Dou por mim a correr para um eléctrico dos modernos, com uma nota de 5€ na mala, pronta a subtrair-se na compra de uma prudente tarifa de bordo. Feita camone, tento enfiar o papel na ranhura mais larga da máquina e só depois me apercebo de um aviso afixado em letras garrafais: JUST COINS/ ESTA MÁQUINA SÓ ACEITA MOEDAS.
«Lá fora?!»
terça-feira, 23 de setembro de 2008
Cenas de um casamento
Já perdida na minha avenida de lágrimas, reconstituí, orgulhosa, todos os passos que cruzaram o meu coração com aquele inspirador destino. Revi as distanciadas aulas no ISCSP; revivi os jantares de aniversário, e atribuí carácter vitalício às tradicionais reuniões de 'núcleo'.
Continuei a vasculhar o meu baú de boas memórias e encontrei partilhas de interesses inesgotáveis, tagarelados em momentos excepcionais de intimidade. Avassalador! De braço dado com o pai-pilar da exemplarmente estruturada família Semedo, a primeira das minhas noivas ofereceu-me uma das mais marcantes transições dos meus 29 anos. Aliás, ofereceu-nos. A mim, à Ana e à Rosana.
Juntas, conforme estamos destinadas a conservar-nos, assistimos a mais uma obra de colossal estimação: o casamento da nossa adorada Ivana. Unidas, tal como fazemos questão de nos preservar, seguimos a nossa linda noiva na última caminhada de solteira: rumo ao altar.
Faltou-nos o corpo do quinto elemento desta valiosa irmandade, mas, apesar da distância de um continente, a Patrícia não deixou de nos acompanhar em espírito, materializado via sms. Na mensagem, recebida a pouco menos de uma hora do enlace, confirmava-se a força das relações – «Estamos juntas (pelo menos em pensamento)» – ao mesmo tempo que, nas «Saudades» finais, expunha-se a fraqueza das separações.
Neste oceano emocional, no qual mergulhei fundo, vi emergir, já no repasto, mais uma evidência arrebatadora das qualidades da minha noiva, entretanto bem casada com o também distinto Miguel. Passo a reproduzir, no que se traduziu a clássica cerimónia de oferendas aos convidados:
«Caros amigos,
Por ocasião do nosso casamento, decidimos presentear-vos com
um gesto tão especial quanto o dia de hoje e proporcionar sorrisos esperançosos
a milhares de crianças carenciadas.
Decidimos então efectuar uma doação a favor da Associação Helpo, que leva a cabo projectos de ajuda humanitária e de desenvolvimento humano, para que a nossa felicidade se possa repercutir na vida de muitas outras pessoas.
Agradecemos profundamente a vossa presença. O facto de nos darem a oportunidade de partilharmos este gesto convosco faz com que este
dia se torne ainda mais especial».
Ivana & Miguel
20 de Setembro de 2008
sexta-feira, 19 de setembro de 2008
Ele e ela
quarta-feira, 10 de setembro de 2008
Escrever e descrer
Mudam-se os textos, alteram-se os verbos, actualizam-se os factos, e, invariavelmente, encontram-se dúvidas. Quantas mais linhas subo e desço, mais incertezas descubro. Algumas são pacíficas, cumpridoras da tradição das chamadas ‘brancas’, mas a maioria revela-se de tal forma conflituosa, que a mais ténue perspectiva de tréguas exige a convocação de reforços.
Pergunta-se ao colega da frente, discute-se com o parceiro do lado, num empolgante exercício intelectual de concordâncias e discordâncias. À falta de uma perfeita sintonia, porque as imperfeitas só servem de alimento à dúvida razoável, lança-se mão de um ou vários dicionários.
E, como nem os especialistas das letras se entendem, convencionou-se fazer dos dois generosos volumes do Dicionário da Academia de Ciências de Lisboa a Constituição da Língua Portuguesa.
Discordei sem hesitações, porém reconhecendo na observação mais uma fonte de conflito na guerra das letras. Lembrei-me então de umas aulas recentes de português (privilégio profissional), em que o impacte e o controle cediam terreno para o impacto e o controlo. Explicava a professora que os 'O' são mais portugueses do que os 'E' de galicistas, ressalvando, contudo, a generalizada utilização de ambos como sinónimos. Indisponível para confrontações linguísticas, o Doutor insiste na sua, e remete maiores esclarecimentos para os mais prestigiados dicionários. Na resposta, a Constituição da Língua Portuguesa defende exactamente o mesmo que me ensinava a professora. E isso tem um maior impacto na minha convicção.
segunda-feira, 8 de setembro de 2008
Portugal dos pequeninos
E o Oscar vai...
Classificação: Não aconselhável a espíritos insensíveis
sexta-feira, 5 de setembro de 2008
Prato do dia
Sabe como curtir a vida, mas sem cometer exageros. É muito preocupado e se priva das coisas por excesso de cuidado. Busca sempre o caminho mais difícil, mas sabe superar as dificuldades.
É uma pessoa metódica que leva muito em consideração a aparência. Não consegue ficar sozinho. Gosta de estar sempre rodeado de amigos e da família. Gosta de manter o controlo da situação e saber exactamente onde está pisando.
Fica sempre em cima do muro na hora de tomar decisões. Adora a comodidade proporcionada pela vida moderna. É uma pessoa que prefere estar em contacto com a natureza. Sempre que tem um problema, conta com os outros para ajudá-lo.
http://istoe.terra.com.br/planetadinamica/produtos/teste_come/index.asp
segunda-feira, 1 de setembro de 2008
Amizades cruzadas
Algures na minha história, comecei realmente a crescer. Foi então que, ainda na juventude, comecei a partilhar, vivendo, e não apenas conhecendo ou contando outras histórias. Foi aí que, afortunadamente, comecei a aprender. E tenho aprendido tanto com os amigos, que seriam precisos milhões de posts, biliões de blogues e triliões de webs para rever toda a matéria dada. Detenho-me, por isso, na lição do passado fim-de-semana: a consagração cinematográfica das amizades cruzadas.
Iniciaram-se ainda no século passado (ooopps), na empolgação das Passagens de Ano de Albufeira. Paula que conhece Vera que conhece Pipa que conhece Mónica que conhece Lara que conhece Ágata que conhece Alice. Todas juntas, e mais algumas, cruzámos os finais dos 90 como se não houvesse 2000.
Seguiram-se algumas interrupções para frequências universitárias, e, com o fim delas, chegam, à boleia da Vera, a Paulinha e a Carina. Vive-se já uma tal de idade adulta, entre empregos por afinar, viagens para marcar, contas por pagar e FDP’s para tudo desorientar.
Páscoa após Páscoa, fim-de-semana após fim-de-semana, Ano Novo após Ano Novo, férias de Verão após férias de Verão…no nosso entra e sai de calendários, entram também as manas Brás (Di e Lôraça), iniciadas pela Paulinha, chegam ainda as picatxus (Gi e Sónia), trazidas pela Vera, e recebe-se a Pipona, apresentada pela Lara.
Sesimbra após Sesimbra, Albufeira após Albufeira, Figueira após Figueira, Tavira após Tavira, Londres após Barcelona….Quantos mais caminhos desbravamos, mais amizades somamos. Na nossa sempre aberta cadeia de ligações, passagem ainda para voar até à Amata, a Dora e a Nara, numa viagem internacional que também nos levará à Áustria, com escala pela Charneca da Sónia que já foi da Amadora. Nas idas e vindas, que nunca deixemos faltar os créditos. No passado, no presente e no futuro fim-de-semana.
Lôraça, enviada à Bulgária para uma missão humanitária (Vamos espalhar magia!)
quinta-feira, 21 de agosto de 2008
Trio olímpico
quarta-feira, 13 de agosto de 2008
Mercado de transferências
terça-feira, 12 de agosto de 2008
Amigos de marca ISCSPIANA
segunda-feira, 11 de agosto de 2008
Assalto às férias
Acabaram as duas semanas de boa vida, recomeçou o bate-bate no teclado. Que venha o resgate do fim-de-semana...
quarta-feira, 23 de julho de 2008
A ler o meu mundo
Descobri o conceito a partir de um zapping de domingo, exercitado algures entre os meus habituais protestos contra uma programação enervantemente empobrecida. Boa ideia essa a de vestir a casa de autocolantes! Electrodomésticos; paredes; electrodomésticos; azulejos; electrodomésticos; mobília. Quanto mais eu via, mais me convencia de que era boa, a ideia. Muito boa mesmo! Perfeita para dar nova vida à minha recém-alugada kitchnet. O seu nome? Telas magnéticas na televisão, que uma pesquisa na net me conduziu a stickers, adesivos, vinil ou simplesmente autocolantes decorativos. Pelo caminho, perdi os meus planos de revitalização cozinheira, mas encontrei uma entrada em grande. Fica em minha casa e tem vista para o meu mundo.
segunda-feira, 14 de julho de 2008
Do virtual ao real
sexta-feira, 4 de julho de 2008
Barómetro relacional
segunda-feira, 30 de junho de 2008
Sabor a Brasil
Kevin Kuranyi de um lado, Marcos Senna do outro. Por muitas fintas que o
jogo desse, o Brasil acabaria sempre no topo da Europa. Terminou com o segundo
Senna da minha vida elevado ao pódio dos grandes campeões.
quinta-feira, 26 de junho de 2008
Eclipse solar
terça-feira, 24 de junho de 2008
Cemitério de letras
Não me espanta. Afinal, no 12.º ano cheguei a ter uma colega (entretanto mais uma licenciada) que confundia o verbo crescer com o substantivo creche!!! Não me espanta, mas irrita-me. Sobretudo porque os sucessivos e abundantes erros da minha ex-colega nem sequer lhe valiam o chumbo a língua portuguesa. E isto numa altura em que os testes de português ainda eram testes. O que esperar agora?
Para quem não ainda não leu, segue-se o anúncio que serviu de arranque àquele exame: «Venho cachorro épagneul-breton puro, nascido a 07MAR07, branco e castanho. Linha francesa. Excelente para caça ou companhia. Entregue com vacinas e desparatisações actualizadas. Contactar Canil Municipal de Évora».
Apresentar-se como criador de raça;
Conseguir comprador para um cachorro;
Elogiar as qualidades do cachorro;
Divulgar o trabalho do Canil Municipal de Évora.
sexta-feira, 20 de junho de 2008
Eu e o Pepe
Portugal eliminado. Intervalo nas discussões. Fim das insistentes convocatórias para encontros de 90 minutos de ‘euroforia’. Sem Brasil por força da geografia, e sem Rio Ferdinand, por força de uma eliminação esteticamente condenável, sobrou-me…o Pepe.
Brazuca enraizado até aos 17 anos, ‘encontrou-se’ em Portugal através do futebol. Entre fintas, chutou para canto os piores prognósticos de sonhos perdidos de sol a sol, e descobriu o caminho milionário de uma das melhores ligas europeias. Agora canta vitória, enquanto agita a bandeira lusitana, ignora o estandarte canarinho, e suscita uma reedição do famoso brado heróico e retumbante, celebrizado nas margens plácidas do Ipiranga. Desta vez, sem «o sol da liberdade em raios fúlgidos», o que brilha «no céu da pátria nesse instante» é o reflexo de seculares vaidades nacionalistas.
Pepe é ingrato e Pepe é traidor. Simplesmente porque Pepe exibe orgulhoso a sua portugalidade adquirida e afasta qualquer ligação ao escrete, afirmando-se indiferente à busca brasileira por um lugar no Mundial de 2010.
Verdade? Conveniência?
Naturalidade é terra, nacionalidade é solo, pátria é afecto. Mas não falta quem insista em exigir uma justificação racional de um intransmissível «sense of belonging together».
quarta-feira, 18 de junho de 2008
Elas não sabem o que querem!
Ignorei a chegada do email. Trazia «monólogo de uma mulher moderna» no assunto, e exibia a classificação «fantástico». Apesar de ser uma mulher moderna e de gostar de coisas fantásticas (que as há, há), reconheci no email um dos pecados capitais dos forwards e recusei penitenciar-me num scroll-down. Só mudei de ideias algumas horas mais tarde, já em casa, quando a classificação fantástico apareceu reforçada com o comentário: «É a mais pura das verdades».
Se era verdade - por muito que a verdade muitas vezes se resuma a um mero confronto de perspectivas -, eu tinha de conhecê-la. Pior para mim: acabei preocupada com as 'verdades' de duas amigas.
«Quero ficar em casa, a cozinhar, a ouvir música, a cantar, etc???»
«Gostava de saber quem foi a bruxa imbecil, a matriz das feministas que teve a desgraçada da ideia de reivindicar os direitos da mulher, e por que o fez connosco que nascemos depois dela???»
«Estava tudo tão bem no tempo das nossas avós???»
AAARRRGGHHH! Quanto mais lia, menos percebia a cabeça por trás do monólogo, menos entendia as cabeças por trás da divulgação do monólogo.
«Tínhamos o domínio completo dos nossos homens, eles dependiam de nós para comer, para se vestirem e para parecerem bem à frente dos amigos. E agora? Onde é que eles estão???»
Tanto pergunta a monologante, que só mesmo a monologante para responder: os homens «fogem de nós (mulheres modernas) como o diabo da cruz (...), lançando-nos no calabouço da solteirice crónica aguda!!!!» Isto quando «antigamente os casamentos eram para sempre». E como uma desgraça nunca vem só: «a maior prova da superioridade feminina era o facto de os homens esfalfarem-se a trabalhar para sustentar a nossa vida boa!»
Sei que é frase feita, desfeita e refeita, mas depois de ler tanta frustração junta, só me ocorre escrever que algumas mulheres não sabem mesmo o que querem. E como diria o grande Jean-Paul Sartre: «Liberdade não é fazer o que se quer, mas querer o que se faz».
quinta-feira, 12 de junho de 2008
Amor à terceira vista
terça-feira, 10 de junho de 2008
The ex-factor
terça-feira, 3 de junho de 2008
Uma questão de preferência
segunda-feira, 2 de junho de 2008
Quem te viu e quem te lê
- Amy Winehouse. Depois da polémica dos ses - se sobreviveria, se viajaria, se actuaria - a imprensa virou-se para a a polémica dos des - decadência da cantora, degrado do espectáculo, desrespeito com o público. Não percebo! Será que se esqueceram assim tão rápido dos motivos que alimentaram a lengalenga dos ses? Tão rápido, que nem sequer se lembraram de questionar as opções da organização? Ou estaria o concerto de Amy Winehouse ao serviço secreto de um mundo melhor? Seria assim tão inconcebível esperar o pior de Amy Winehouse? Se para mim era mais do que previsível assistir aos despojos de um talento em ruína, para a organização que prega a responsabilização social, seria expectável que não promovesse tamanha desresponsabilização.
- Preço dos bilhetes. Em tempos de crise, pagar 53€ para assistir a um festival de música soa a… notícia. Vai daí, o pessoal da comunicação desatou a multiplicar os lucros: se no primero dia estiveram aproximadamente 90 mil pessoas no Parque da Bela Vista, isso significa que a estreia do festival rendeu cerca de 4,7 milhões de euros aos cofres da organização. Alguém se lembrou de contabilizar os espectadores que entraram de borla? Sabem quantos pseudo-VIP's foram convidados? E o pessoal que desenrascou bilhetes mais baratos à pala de promoções e transacções opacas?
- TMN silenciada. Nem sms's. Nada. Entre erros constantes de ligação e sucessivas falhas no envio de mensagens, o pessoal da rede TMN desesperava. Comunicação zero! Enquanto isso, os clientes Vodafone desfrutavam de uma vantajosa presença no lote de patrocinadores do Rock: ao contrário dos não patrocinadores, conseguiam falar e enviar mensagens entre si. Dizem os crédulos, imprensa incluída, que as dificuldades de comunicação (e não impossibilidades) foram o espelho da elevada concentração de telemóveis. Lembram os incrédulos, eu incluída, que os problemas de ligação terminaram no exacto momento em que Lenny Kravitz abandonou o palco. Ou seja: antes sequer de o público ter tido tempo de dispersar e aliviar a alegada sobrecarga de rede. O que vale é que como o silêncio é de ouro, por esta altura o mundo já anda bem melhor.
sexta-feira, 30 de maio de 2008
Aos infectados pelo HI5
quarta-feira, 28 de maio de 2008
Notícias da infância
- Sim, o que é que tem?
- A mãe já me tinha dito que ela ganhou um concurso de música. Pelos vistos a coisa foi boa, porque até veio uma notícia no jornal…
- Onde? Mostra!
Lá estavam duas páginas de entrevista, algumas fotos e um perfil. É mesmo a Natércia! A filha mais nova da Dona Mida e do Sr. Pintor! Feito o reconhecimento, descubro que o McDonald's organiza uma competição de vozes entre funcionários de todo o mundo. Leio mais um pouco, e percebo que a Natércia não só venceu a etapa portuguesa, como ganhou a grande final, disputada nos EUA. Já foi no mês passado, mas só agora vejo a notícia na imprensa nacional, excepção feita a alguns regionais desbravados numa rápida pesquisa no Google. Quero saber mais, por isso avanço para os milhares de caracteres que me oferecem os blogs, deixando-me contagiar por um entusiasmo típico de quem revive boas memórias. Como está mulher a irmã bebé da Telma e da Sónia, duas das minhas amigas de infância. Como parece feliz! Também eu me sinto feliz, ainda que nunca mais tenha visto a Natércia, e de apenas esporadicamente me ter cruzado com a Sónia e a Telma. Fico feliz pela Natércia e por toda a família Pintor, personagens centrais da história dos meus primeiros cinco anos em Portugal.
terça-feira, 27 de maio de 2008
Pão de alta-coz(s)edura
domingo, 25 de maio de 2008
Hoje é dia de festa
Alheia à adversidade, tento acertar os passos à escrita, enquanto a dança das letras me apanha num sambódromo de emoções. Penso na época em que te conheci, revejo os momentos que nos aproximaram, sinto falta das nossas partilhas diárias. Ao mesmo tempo, orgulho-me por conseguirmos conservar uma cumplicidade única, daquelas que marcam calendários atrás de calendários. Orgulho-me de saber que, passem os aniversários que passarem, continuarás a ser das poucas pessoas capazes de me ler nas entrelinhas. Por tudo isto e muito mais, hoje é dia de festa. Que cantem a nossas almas: a minha e a de toi-même.