terça-feira, 7 de outubro de 2008

A invasão segue dentro de momentos





Fomos cinco. Voltaremos muitas mais. Ainda não sabemos quantas nem quando, mas temos a certeza de que regressaremos com reforços. Ou não tivesse a missão de reconhecimento de território sido um retumbante sucesso! A começar pela viagem, livre dos habituais contorcionismos: bem instaladas no Mégane profissional da nossa mais recente amizade cruzada, fizemo-nos à estrada conforme manda o manual de boas maneiras da gangue.


Uma garrafinha de Martini rosso do lado da Pipa, outra de whisky do lado da Paulinha, copos subtraídos à conveniência de uma Galp, a Sónia no comando das direcções, a Lara como mestre da banda sonora e, no meio, a Paula a sonhar com uma pista daquelas bem grandes.
Entre risos e cantorias, deixámos os movimentos de dança fluírem sobre rodas. Pelo caminho, ainda houve tempo para provocações e desafios de circunstância, criteriosamente dirigidos às tropas da Amadora. Gole daqui, música dali, chegámos já quentes à Póvoa de Varzim. O destino da primeira paragem, oportunamente traçado para uma ladies night - ou noite das mulheres na versão Norte - era o Buddha local.


Alegremente preenchidas por uma Gata especialmente aterrada de Londres, e por uma Joana deliciosamente cumpridora da tradição desbocada do Norte, brindámos entusiasticamente. Cruzámos apresentações devidamente celebradas, ouvimos confissões surpreendentes e engendrámos conselhos bem intencionados. Permanentemente animadas, esgotámos os cartões-oferta de bebidas, reforçados por bandejas de álcool automaticamente servidas com o aval de um bem casado gerente. Houve comida, não faltaram danças, fechou-se negócio com o DJ, perdeu-se um telemóvel e até rolou um improvável 'enrolanço'. De saída, já a manhã estava posta, os excessos da noite acabaram num pneu rasgado, em má hora arrasado por um passeio inadvertidamente escalado.


Sem os cavalheiros de narrativas que nesses momentos soam mais fictícias que nunca, abro os olhos pesados de sono e vodka e vejo a Sónia esbracejar por ajuda. As gentes do Norte - naquela manhã mal representadas por transeuntes debochados - estavam a falhar o nosso socorro. Mas quando parecíamos condenadas a tiritar, num apeadeiro algures na Póvoa, acabámos salvas por pessoal do Eco ambiente, aparentemente um serviço municipal. Quais fazedores de milagres, gastaram pouco mais de cinco minutos a safar a situação.


Mas ainda era o começo: já no centro do Porto, vimo-nos encurraladas num labirinto de tantos sentidos proibidos que bloqueámos em mais de uma hora a nossa chegada à pensão. Com o carro a algumas centenas de metros, que as bagagens converteram em quilómetros, encontrámos dormida pouco depois de satisfazermos a necessidade de comida. Quatro horas de sono cumpridas desde as 11h e picos, levantámo-nos ainda sem acordar. Mas isso é conversa para um novo post. Fica apenas o aviso de que haverá incêndio...

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