Ou da estranha loucura desta realidade superar a ficção:
«Amo-te tanto que dói. Ouviste bem o que disse? Dói amar-te».
sexta-feira, 27 de abril de 2012
Coisas que escapam à minha compreensão
Pessoas que se proclamam de outros clubes, mas que na hora do vamos sofrer porque já perdemos só se lembram do Benfica. Tipo esta: «Nós ao menos morremos na praia de Bilbau, não somos como outros que morreram na praia de Braga».
quinta-feira, 26 de abril de 2012
Assinado
Olha uma vez. Olha duas. Paro de contar à terceira. Intriga-se-lhe o rosto na expressão de um qualquer reconhecimento a prenunciar uma jogada de engate. Adivinho, uma por uma, as primeiras palavras de sedução, a fazer lembrar um descartável televisivo.
A. Tua. Cara.
Não me apetece ser espectadora do meu próprio programa, por isso ensaio a rubrica da praxe: sim, sou da televisão. Espero o ramerrame do costume mas a realidade, que nunca dorme, arrebata-me a ficção.
Pois sim. Ele apanhou-me mesmo entre declarações de festival. E, de repente, naquele pedaço de mundo que não sinto meu, fizeram-me em casa. Um autógrafo? Por que não?
A. Tua. Cara.
Não me apetece ser espectadora do meu próprio programa, por isso ensaio a rubrica da praxe: sim, sou da televisão. Espero o ramerrame do costume mas a realidade, que nunca dorme, arrebata-me a ficção.
Pois sim. Ele apanhou-me mesmo entre declarações de festival. E, de repente, naquele pedaço de mundo que não sinto meu, fizeram-me em casa. Um autógrafo? Por que não?
Um episódio para a estória
Sem um ponto prévio de explicação, a câmara já a piscar de vermelho, ela estica-me o microfone e desata a falar. Eu? Não posso ser eu. Esgoto-me nas negações profissionais mais rápido do que ela gasta as próprias afirmações e em menos de um fôlego vejo-me despejar palavras para a televisão lá da terra. Ao vento e sem hipótese de maquilhar as cores.
Tira-dúvidas
Vais, pelo menos por agora, mas ficarias? Não para uma chuva ou duas. Ficar de assentar mesmo. Com planos de casa, trabalho e o social de sempre.
Não. Definitivamente não ficaria. Não nesta ilha de Santiago. Não nesta cidade da Praia. Porque por aqui só o mar e a música me ampliam as vistas e eu preciso de gente. Gente de mente com vista para o mundo. E não assim, totalmente encolhida no crioulo de sempre. Porque por melhor que seja o crioulo de sempre o desabrochar da vida para mim está na miscelânea das sementes.
quarta-feira, 4 de abril de 2012
Confissão estilo adolescente
Se bem que
Convém abrir parêntesis para explicar que na sexta-feira saí do trabalho perto da meia-noite; no sábado comecei às 8h30 e apenas acabei por volta das 23h30; domingo continuei a partir das 11h para só largar o teclado às 5h30 de uma longa segunda-feira, retomada para escritas às 11h e esticada até às 4h de terça-feira. Bem revistas as coisas, já estou a perceber como me deixei perder nas horas.
Diz a sabedoria popular...
...que o que tem de ser tem muita força. Acrescento eu que o que não tem de ser tem ainda mais força. Tanta, que depois de ter consultado, voltado a consultar e anotado o raio da data, consegui falhar o prazo de inscrição sem perceber que o dito estava apertado em horas. E, assim, sem como nem porquê, vi voar uma ansiada oportunidade de bater asas deste sol para fora.
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