domingo, 3 de abril de 2011

Do lado de lá

À chegada de mais uma viagem ao paraíso (obrigada Cosmos), a equipa observa Lisboa ainda dos ares e, sem hesitações, encerra uma semana de viagem entre partilhas da praxe: «Nada como voltar a casa», ouve-se de uma boca. «Lisboa é das cidades mais bonitas do mundo», acrescenta outra voz. Desencontrada do tom desta sinfonia patriótica, refugiei-me no hino de todos os regressos do Brasil, suspirando em silêncio por mais um pedacinho do meu Brasil. Caramba. Como eu sou de lá.

Fantástico

Por segundos pensei que seria uma pegadinha. «Oi? Eu dar uma entrevista? E logo ao Zeca Camargo? Porquê eu?». Nada de mais, responde-me a mulher da abordagem que, pouco depois, encaixo no papel de produtora da Globo. «É apenas uma brincadeira que o Zeca tá fazendo, uns flashes com os convidados».

Tudo bem, disse. Como responder que não?

E lá fui, a tremer nas canetas, com a voz torcida, e a incredulidade estampada na cara. Não sei quanto tempo fiquei sob o foco das luzes (caramba, aquilo é mesmo forte), apenas tenho uma vaga noção do que o Zeca me perguntou (ai, o Zeca) mas uma coisa eu garanto: mesmo com a convicção de que não disse nada do que queria dizer (é incrível como os nervos atropelam o raciocínio) a experiência foi fiel ao nome do programa do Zeca. Fantástica. Duvido é que tenha dignidade para aparecer na telinha.

Aquela máquina


Descolo cheia de planos de imagens. Clique daqui, clique dali e, na minha cabeça, projecto uma extensa galeria fotográfica. Aterro cheia de batimentos descompassados. Clique dali, clique daqui, e, como que por magia vejo a máquina desviar-se da minha esfera, arrematada pelo meu coração que, no compasso do samba, bate sempre feliz.

Dentro de momentos

Seguem os registos da Sessão Brasil.

Premonições

Passei o dia todo a tentar desvalorizar o sonho. NÃO, NÃO,  fui repetindo. Desta vez não vai ser premonitório. Mas, como sempre foi e nós perdemos exactamente como eu sonhei que iríamos perder.
Agora? Enquanto rebentam foguetes aqui ao lado eu grito BENFICA! Mais alto do que qualquer rebentamento.