segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

Sonho...

....…de todos os dias deste angolano Verão: aterrar na Portela, descolar por Lisboa. Já não vejo a boa hora.

segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010

Os sinais

Primeiro a estranha aproximação da coleguinha das influências, de repente demasiado simpática para quem era apenas simpática. Depois os emails a juntar o meu destino à lista de destinatários de estatuto no organigrama, e, pelo meio, as dicas dos coleguinhas em jeito de provocação, reforçadas pelos silêncios cúmplices dos comparsas dos dias, recentemente extensivos a uma dupla de patronato. Agora, mais de um mês depois do ameaço de partida, um telefonema de Lisboa aponta-me o futuro: diz que fui promovida. Não ligo a estatutos, mas gosto de ser valorizada. E desta forma sabe-me particularmente bem.

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

1-4

Ó JP, naquela ânsia desenfreada dos que correm pela retaliação, foste com tanto afinco à bola que o vermelho que há em ti veio ao de cima. Será que finalmente percebeste que podes fugir mas não te podes esconder?

Emoções de um dia 7


O corpo fazia-se presente. A mente demasiado ausente. Os pensamentos a esvoaçarem ao teu encontro. O corpo por demais irrequieto. A mente em divagação persistente. Os pensamentos a caminho de ti. Uma vontade indómita de desapertar o coração no aliviar de uma única palavra. Parabéns.

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

À prova de quedas


Gosto um mundo desta letra. Até mesmo na voz de um Abrunho todo metido a prosa.

Sem residentes a tiracolo

Comecei cedo, algures entre o meio-dia e o início do noticiário. Qual agarrada incorrigível, ainda que em fase de abstinência, o domingo de ontem ofereceu-me uma valente de boa recaída.

Então foi ver-me extasiada entre um episódio de How I met your mother (ai, que delícia), um trio de ataque de Anatomia de Grey (antigos, mas bons), outra tríade de Donas de Casa Desesperadas (o jardineiro voltou?!) e ainda um olhar de passagem pela Clínica Privada.

A tarde foi tão, mas tão reconfortantemente caseira, que até parecia que estava em casa. Quero mais!

sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

Crise de autenticidade

Nesta fase intensa de descobertas, acabo de descobrir um novo significado para a palavra fanática, que, pensava eu, se aproximava, ainda que apenas ligeiramente, do meu belo estado de crença. Qual fanática, qual quê!

Afinal, fanática é uma das novas residentes lá de casa: surpreende-se com a minha saída para uma torcida de grupo em nome do Glorioso (ah, o Benfica joga hoje?); interroga-se sobre quem será o adversário (ah, não conhece o calendário que assinala as nossas vitórias); e insiste em dizer que adora o Benfica, ao mesmo tempo que prefere ir bater uma sorna a vibrar com os golos que me exaltam a afeição religiosa.

Pois se a menina não sabe nada de nada e ainda assim é fanática, fico sem palavras para descrever aquilo que sou.

terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

Manual dos aflitos*

Básicos de levar por casa, quando se partilha casa com desconhecidos, vulgo gente que não se conhece de lado nenhum.

Logo no início da invasão (snif, nem Anatomia, snif, nem Donas de Casa, snif nem How I met your mother, snif, nem nada de nada, snif ontem era um canal da igreja, snif, snif, snif) mandam as boas práticas da tácita agressão que a vítima faça as honras do palco de guerra. Que é isso de avançar em força para compras em parelha, deixando a ex-eremita que preferia continuar a sê-lo entregue às migalhas? Posso ter menos carne do que as meninas mas também como. E, pasme-se, todos os santos e também hereges dias!

Custava perguntar como me tenho organizado neste mês e meio de casa? Custava tomar a iniciativa de partilhar? Sim, partilhar!

Adiante.

Moro eu, moras tu, moramos nós as três. TRÊS! Então por que raio tenho de me cruzar com mais caras estranhas logo ao acordar? Não me bastava a vossa dupla? PORQUÊ???? Sem uma palavrinha de informação que seja? Sem nada de nada?

Adiante.

Despertar sem a SIC Notícias?! Trocar um básico matinal de informação por uma indigestão pseudo-informativa servida em modo TV Zimbo? É que de uma colherada lá se vão os cereais pelo grego abaixo.

Adiante.

Casa de banho. Vital, essencial, fundamental e tal e tal. Canalização velha, descargas avariadas, papel higiénico sempre a flutuar e, naturalmente, a minha admoestação: “Meninas, não coloquem o papel na sanita porque entope”. Disse uma, disse duas, disse três, e mais não consigo dizer. Por isso resta-me ficar a moer e remoer.

*entoado e redobrado durante a longa semana que passou

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

Prisão domiciliária

O problema também é meu, não é só delas. Mas a culpa que possa ser delas não é seguramente minha: é dos seis anos que passei como dona e senhora do meu próprio espaço. Afinal, foram meia dúzia de pacotes de 12 meses ou foi meia dúzia? As minhas dúvidas ciber dizem que posso dar para os dois lados. Assim escrevendo, foram meia dúzia de pacotes de 12 meses, consumidos com todos os deleites de quem aprecia um bom regabofe domiciliário. Só de pensar nisso abre-se-me o apetite para devorar séries atrás de séries, perder-me num zapping de novas oportunidades, ouvir aquele meu barulhinho bom, sorver o silêncio ao meu redor, entregar-me a exibições naturistas, demorar uma casa de banho só para mim…ai! QUE DOR! Sinto um aperto no coração só de pensar no tão livre que eu era.