quinta-feira, 21 de outubro de 2010

A tentação da estação



Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades: adeus Magnum Gold, olá Leiteira de caramelo.

Eu sou!

A vontade arrastou-se por anos. Diria que no mínimo quatro. Entre informações cruzadas em conversas e pesquisas de internet, acho mesmo que cheguei a submeter uma inscrição online. Mas nada de momento vampírico. Até ontem, dia do juízo providencial.

Pus-me a caminho do Campo Grande, minha estação de passagem diária, segui o sentido do Lumiar e, mais coisa menos coisa, em 10 minutos estava à porta.

Estranhei a ausência de indicações para o meu destino, agarrei-me à primeira esperança orientadora - que no caso surgiu-me vestida de segurança -, apanhei uma boleia de naveta (ai, que raio de aportuguesamento) e, em menos de 5 minutos sobre rodas, cheguei ao edifício prometido e vazio de esperas. Ainda cheguei a namorar a cafeína que me seduzia de uma máquina, mas acabámos afastadas pela rapidez dos acontecimentos, eficazmente acelerados pelo meu prévio preenchimento daquela importante papelada.

Nem 10 minutos se passaram quando, de sangue já colhido, atravessei a porta que me devolvia à rua. Estava de saída do CHSUL, estava de entrada na lista de dadores de medula óssea.

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Felicidade redonda




As melhores notícias carregam-se na barriga. Mesmo não sendo a nossa.

Sopro vital

Todas as perguntas são legítimas. O que é feito da bagagem que trazia de Luanda? Ficou retida na Portela por exceder o peso que a minha vida em Lisboa é capaz de aguentar? Extraviou-se algures, por entre milhas de mistérios atlânticos?

Retida ou perdida, estranho não a ter dado por sofrida. Hoje, quase meio ano depois da aterragem, dou-a ‘simplesmente’ por vivida. Vivida desde o primeiro reencontro via sms, depressa alargado a dezenas delas. Prosseguida mais tarde num, noutro e mais um e mais outro exame ocular, explorado entre suspiros, silêncios, batimentos acelerados e lembranças de partilhas recentes. Em cada momento, o mesmo magnetismo de sempre e no entanto a mesma impossibilidade de antes - A OUTRA - agravada por uma outra impossibilidade - A DISTÂNCIA.

Primeiro a outra. Está presente desde o início, tenho dúvidas sobre se continua a estar, mas, tenha ela ido ou ficado, eu avançar ou recuar nunca poderia depender disso por mais que não pudesse deixar de ser influenciada por isso. Afinal, cada um tem de valer por si, independentemente de princípios, meios e fins.

Agora a distância. Está adiada para já, mas esteve iminente desde a chegada. Se estava no ir não fazia sentido começar a construir. Se estava no ir não fazia sentido insistir. Se estava no ir nada de nada fazia sentido. Mas, um dia após o outro, acabei ficando até achar-me assim. Simultaneamente ligada e desligada da bagagem. Ligada por experiências e afectos inigualáveis, desligada por sentir uma ultrapassagem do tempo.

Sem brusquidão, com muita serenidade. Como quem sente um sopro de vida.

terça-feira, 19 de outubro de 2010

Um Seu que é Meu



O passaporte para o próximo show da minha felicidade já cá encanta. Até lá, Meu Jorge.

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

Vai, não vai...

…Ando há dias para voltar a esta morada. E não, não é só trabalho. E não, também não é caso para rumor de amor. É a vida. Muita vida.