sexta-feira, 23 de maio de 2008

Papel? Quais papéis?

Andava tão distraída quando a mudança aconteceu, que demorei mais de um mês a despertar para a novidade. O quê? 1,25€ por uma viagem de metro?! Tento convencer-me de que o novo bilhete vale um ambiente melhor: ao permitir carregamentos durante um ano, o cartão combate o insustentável desperdício de papel. Sigo viagem, não penso mais no assunto e deixo-me distrair outra vez. Não acredito! Perdi o passe! Anseio pela substituição do extraviado Lisboa Viva, mas obrigam-me a investir novamente na minha relação com o ambiente. O quê? Para andar na Carris tenho de comprar outro cartão? Dizem-me que sim, a menos que o meu cartão de metro esteja a zeros e passe a funcionar como ‘passaporte- carris’. Convencia-me eu de que a novidade valia um ambiente melhor! Sigo viagem, tento não pensar mais no assunto, mas o Metro não deixa: de cada vez que compro uma viagem recebo dois brindes, e ambos gastam papel! Digo que não quero, mas a máquina está determinada em entregar-me um recibo e um comprovativo de venda. Confesso que com tanta distracção, já me esqueci dos que zelavam pela minha amizade com o ambiente.

1 comentário:

  1. E isso és tu que não tens carro... mas não te rias, porque para atrás deste aumento desenfreado de combustíveis, vem o aumento de tudo o resto. Na bomba de gasolina, não vale a pena dizer que não queres factura, nem papel nem nada... atiram-te sempre com o recibozinho que não serve para nada e se comprares umas pastilhas, levas com 2 talões — Ah! isto se não pagares com multibanco, senão levas 3 e por aí a fora... ambiente? qual ambiente?

    ResponderEliminar