quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

Vou ali à DECO e já venho

Dei conta da quebra pela televisão, num movimento matinal ainda meio cambaleante. Carreguei uma vez, outra, de novo e mais uma até resignar-me a largar o comando. Por segundos cheguei a desconfiar de um desacerto nas minhas contas para de seguida sossegar a inquietação: «Ah, é verdade, reactivei o débito directo».

Mas como certeza que é certeza gosta de ser testada, lá abri a porta em busca da prova dos nove. «Hã? Como é que o prédio tem luz?».

Perante as más evidências, abri e fechei gavetas em busca da factura mais próxima e com o telemóvel a postos exigi esclarecimentos.

Sim, confirmaram-me a existência de uma autorização de débito directo. Não, não me conseguiam explicar o que tinha acontecido. Sim, tinha de pagar primeiro e reclamar depois. Não, não havia outra hipótese.

Meia hora de procedimentos mais tarde apressei a saída de casa e disparei com a minha reclamação para um dos balcões da EDP da loja do cidadão dos Restauradores. Trinta e tal euros de factura liquidados, quase 27 para o reabastecimento, uma queixa apresentada, telefonemas trocados entre a funcionária e não sei quem, e uma hora depois saía precisamente como entrei: sem perceber por que me cortaram a luz.

Servia-me de consolo a promessa de uma normalização até ao final do dia e a garantia de que voltaria a ser contactada para conhecer o desfecho da reclamação.

Nem uma palavra sobre compensações pelo tempo perdido e pelos prejuízos causados. Silêncio absoluto e no final do dia continuava às escuras, e no final das más contas ainda tive de esperar duas semanas pelo telefonema.

Sim, reconheceram o erro. Sim vão devolver-me o dinheiro. Mas não, não há explicações para o sucedido. Apenas desculpas. Agora resta-me descobrir se tenho mesmo de me contentar com falinhas mansas.

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