sexta-feira, 27 de julho de 2012

Como?

Gosta-se o suficiente para continuar. Mas ao mesmo tempo sabe-se que já se gostou mais. Por isso apetece ouvir menos. Apetece falar menos. Apetece estar menos. Ainda assim gosta-se. Gosta-se o suficiente para continuar. Mas ao mesmo tempo sabe-se que isso não deveria chegar. Por isso vai-se levando na esperança de que volte a ser como foi. Mesmo quando os interesses se desencontram a cada passo, quando os caminhos se desviam a cada curva e quando a crítica se sobrepõe à tolerância. Simplesmente vai-se levando porque não há culpados nem inocentes, apenas uma vida de distâncias que já não permitem ver. Por isso olhamo-nos apenas, esvaziados do nós, cada um à volta do seu eu. E, de novo, a pergunta matuta-me ideias: sem desentendimentos nem aborrecimentos como se consuma o acabar de uma amizade?

3 comentários:

  1. Eu não diria melhor...

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  2. Deixa-se esvair... digo eu... Com o tempo, a coisa dá-se sem sequer darmos conta. Basta não se imporem encontros forçados ou conversas desnecessárias... Mas não é fácil, não. Não, não é...
    Beijossss!
    Iva

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