quarta-feira, 1 de agosto de 2012

Defesa pessoal

A conversa vem à baila incontáveis vezes. Preocupada com as minhas viagens nocturnas de regresso a casa – hábito de quem sai demasiadas vezes a desoras – a minha irmã V. não se cansa de me vender as vantagens de um spray de defesa pessoal. Mas eu, que até já apanhei um ou dois sustos, sempre me conservei fiel à convicção de que os bandidos a mim não me tocam e de que fui vacinada contra toda a sorte de crimes. Era bom, era. Agora, à pala das poupanças autárquicas, vejo-me aflita a cada escurecer de retiro laboral. Falta de iluminação nas ruas? Zero policiamento? Nada disso. O meu grande problema são as baratas. Tantas por aí à solta que me vejo reajustar as recomendações fraternas: estou aqui estou a armar-me com munições de Baygon.

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