terça-feira, 21 de julho de 2009

Experiências de mais um fim-de-semana

Primeiro o vulcão. Inclemente, inundou-me de tanta lava que explodi numa violenta erupção. Garanto que não fosse o socorro de uma oportuna imperial e teria havido necessidade de evacuar não apenas as imediações daquele bar, mas o universo completo de um Bairro Alto. Mais Alto, naquela entrada de mais um fim-de-semana. Mais Alto, por reacção a uma bebida que dizia irrepetível mas que acabei por repetir na noite seguinte. Para que conste: por apenas 1€ à volta viajei à boleia de um shot spicy torpedo.

Depois o disparar do coração. Nada de leituras precipitadas, amiga Iva! A minha arritmia não foi bombeada pela paixão de um adivinhado cunhado, mas sim pela boleia de um já estabelecido aparentado. Durante os perto de 20 minutos que eternizaram a trepidante viagem à pendura de uma moto – que me foi apresentada como uma 900 de pista (oi???)– receei um de dois desfechos fatalmente e igualmente dramáticos: ou sucumbia à paralisação dos meus batimentos cardíacos, congelados por um medo exacerbado a cada curva, ou acabava desfeita numa colisão do meu corpo com o asfalto. Demasiado creepy e atentatório da dignidade dos meus rebelados cabelos.

Pelo meio o coro. Entoado no regresso de mais um agitar de pistas no Lux, arrebatou emoções de outros tempos, revividas no sentir de uma musicalidade intemporal. Perfeita para soltar o verbo*: «Vou falar que é amor/ Vou jurar que é paixão/ E dizer o que eu sinto com todo o carinho/ Pensado em você/ Vou fazer o que for/ E com toda a emoção/ A verdade é que eu minto que eu vivo sozinho não sei te esquecer/ E depois acabou a ilusão que eu criei/ A emoção foi embora e a gente só pede p’ro tempo correr/ Já não sei quem amou/ Que será que eu falei/ Dá p’ra ver nessa hora que o amor só se mede depois do prazer».

*por causa desta liberdade verbal vi-me forçada a ressuscitar um adormecido CD. Especulam as más-línguas que o caso assume a gravidade de uma paixonite aguda.

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