segunda-feira, 27 de julho de 2009

Momentos

Às vezes por palavras, noutras por gestos, tocam-me desprevenida. Sinto-as sem os ‘embrulhos’ da família e dos amigos e nada espero da nossa distância de proximidades. Estranhas aparecem-me e estranhas desaparecem, mas permanecem além do descruzar dos nossos tempos. São pessoas muitas vezes sem nome. São pessoas que me ficam pelos momentos. Únicos como aquele em que, do nada, ouvi aquela distante pessoa preencher de estímulos a minha recém-profissionalizada escrita. Hoje, quase cinco anos depois dessa ocasião «rara» - reproduzindo a adjectivação da única testemunha do acontecimento - os elogios dela estão mais do que consolidados como um dos amuletos que acompanham as linhas da minha carreira. Por isso insisto num reconhecido «obrigada», mesmo sabendo que ela insistiria num rezingueiro «não tens nada de agradecer».

RIP Edite

2 comentários:

  1. Li a notícia no jornal, a caminho de Portugal, e lembrei-me logo de ti...
    A vida é feita de momentos e quanto mais partilhados, melhor.
    Um beijinho da amiga Iva***

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