Bem sei que as pessoas não se medem pelos erros ortográficos. Bem sei que eu própria os dou, mais ainda na baralhação dos acordos que comem cês e engolem acentos. Mas quando tenho dúvidas pergunto, vou ao dicionário: há uns quantos aqui mesmo, à mão de clicar, entre espreitares de facebook e teclares de messenger. Quando tenho dúvidas faço trinta por uma linha (já agora gostava de saber de onde vem esta expressão), tudo e tudo e tudo, menos errar para não me dar ao trabalho de acertar. Talvez por ser um bocado, a resvalar para o muito, obcecada pela ortografia, não consigo deixar de ser este tipo de gente: mudo ligeiramente a forma de olhar para uma pessoa consoante a leio. Chego mesmo a ficar desiludida. Do género: «Ah! Tinha tão boa ideia dele! Ah! Ela parecia-me tão letrada.» Bem sei que as pessoas não se medem pelos erros ortográficos e o grande Jorge Amado é disso exemplo, embora os génios não sejam para aqui chamados. Mas, descançado? Esqueçemos? Discução? Despreso? À muito?
Tento na língua, por favor!
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arre! odeio!!!
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