sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

Mais forte do que eu

Bem sei que as pessoas não se medem pelos erros ortográficos. Bem sei que eu própria os dou, mais ainda na baralhação dos acordos que comem cês e engolem acentos. Mas quando tenho dúvidas pergunto, vou ao dicionário: há uns quantos aqui mesmo, à mão de clicar, entre espreitares de facebook e teclares de messenger. Quando tenho dúvidas faço trinta por uma linha (já agora gostava de saber de onde vem esta expressão), tudo e tudo e tudo, menos errar para não me dar ao trabalho de acertar. Talvez por ser um bocado, a resvalar para o muito, obcecada pela ortografia, não consigo deixar de ser este tipo de gente: mudo ligeiramente a forma de olhar para uma pessoa consoante a leio. Chego mesmo a ficar desiludida. Do género: «Ah! Tinha tão boa ideia dele! Ah! Ela parecia-me tão letrada.» Bem sei que as pessoas não se medem pelos erros ortográficos e o grande Jorge Amado é disso exemplo, embora os génios não sejam para aqui chamados. Mas, descançado? Esqueçemos? Discução? Despreso? À muito?
Tento na língua, por favor!

1 comentário: