sexta-feira, 3 de abril de 2009

As minhas séries # 1


Desconfio que foi da mistura. Não me podia cair bem isso de saltar do cortar de fôlego do Wentworth Miller para a narração de uma sincopada história de como o pai de dois adolescentes conheceu a mãe dos mesmos dois adolescentes. Sem dar tempo à digestão, lá acabei por rejeitar a dose de série-extra que o Nuno previa ser do meu gosto.

«Não acredito que não gostaste! Aquilo é muito bom!»


Pois não. Não gostei. E agora quem não acredita sou eu porque aquilo de facto é mesmo muito bom. Tivesse eu abrandado o meu lume de prisão e certamente não ficaria em jejum o tempo que passou. Mas fiquei. Para meu dissabor, limitei-me a reprovar a acção em dois segundos, em vez de me dar ao prazer de saboreá-la.

«Isto tem pouco sal para mim!», enganava-me eu.


Tão enganada estava que, cerca de um ano depois, vejo-me deliciar de diversão episódio atrás de episódio. Um dos últimos apresentou-me uma insólita e desassombrada manobra de engate, frontalmente baptizada de Homem Nu. Aliás, frontalmente e justificadamente baptizada: o homem, companheiro de um encontro de ocasião, aproveita ou cria uma oportunidade de tosquia vestuária, executada longe do olhar da mulher.

Completamente descascado, o homem reaparece-lhe nas vistas provocando um de dois efeitos: ou a mulher entrega-se à sorte do sexo (Why not?), ou o homem é corrido com honras de tarado (What kind of sick people do that?). Tudo isto num enredar apaixonante de sinergias, desenroladas perante o meu assumidíssimo deleite.

Right to the point: How I met your mother é garantidamente das melhores séries que já me passaram o tempo.

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