Não foi a orfandade de pais ricos, tão pouco a carência de um prémio de lotaria. Longe dos tempos de um duradouro chavão publicitário, lembro-me apenas de que, ao fim de umas três consultas, ele foi o primeiro a acertar na resposta que eu queria ouvir: «Só precisa de 5.000 escudos».
Sem mais encargos, avancei firme para a abertura da minha primeira e, até ver, única conta bancária. Primeiro parcamente recheada de escudos, depois parcamente recheada de euros, e mais recentemente, sobrecarregada de um empréstimo individual à medida do recheio do meu T1. Pelo caminho, a tentativa de convencerem-me da sua pretensa valorização por jogar na mesma equipa do melhor jogador do mundo.
Agora, gastos mais de 12 anos de créditos e débitos estou prestes a ‘zerar’ os movimentos da minha conta. Pelo menos este é o mínimo que se me ocorre fazer depois de subtraírem-me do extracto mais de 200 euros antes da data combinada, que é como quem diz a um mês da abençoada aparição do subsídio de férias. E como se não bastasse os «erros do sistema» terem lixado os meus planos de férias, acabo de constatar que continuam a dever-me a vigorosamente reclamada devolução de euros, entretanto agravada pela necessidade de uma reparação dos meus índices de boa disposição.
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