segunda-feira, 29 de junho de 2009

A redenção

Depois da intromissão da chuva naquele que se presumia ser um festival de Verão, vi-me perante uma tormenta de lágrimas secas, mais tarde convertidas em choros solitários. E como se não bastasse a minha luta para não naufragar num oceano de contra-corrente, ao acordar, já em casa, sinto-me perdida no interior de um pequeno lago. Descalça, ensonada, e ainda longe de recuperar da noite de festival, apalpo, meio a medo, as possíveis causas para aquele dilúvio. Cada vez mais intrigada, lembro-me por fim de abrir a porta e de encontrar fora de casa o que não conseguia detectar lá dentro: a minha fonte de inundação, rapidamente rastreada da casa de um vizinho inconvenientemente ausente. Foi então que, incapaz de arrancar uma confissão de culpa da porta ao lado, passei a hora seguinte num tal de ensopa e enxuga toalhas que precisei de sete baldes cheios para escoar tanto liquído! Relatado isto, é caso para observar que, não fosse a conquista de mais uma Copa das Confederações pelo meu adorado Brasil, e o meu domingo só teria metido água.


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