terça-feira, 6 de outubro de 2009

Coração ao alto




Um amor maior do que o nosso tempo, uma e outra paixão sem especial importância e cada vez mais cruzamentos de ocasião. Olho para trás e reencontro no meu caminho de acelerados batimentos cardíacos ilusões destroçadas por desilusões, desenganos transformados em mágoas, mas, também perdas convertidas em ganhos. Fui feliz por muitos e bons momentos, infeliz por outros tantos e dolorosos instantes, mas 18 anos depois do meu primeiro e, até ver, maior encantamento, nunca estive tão consciente das minhas fragilidades e potencialidades.

Ponho-me então a desejar não ser tão juíza nas primeiras apreciações, nem tão advogada perante o amanhecer das primeiras interrogações. Ponho-me sobretudo a desejar abrir-me mais às relações, por maiores que possam vir a ser as suas ralações. Mas eu que nunca fui fácil de paixões e menos ainda profusa de amores, esbarro sempre os meus desejos na mesma indefinição: vale a pena procurar mais quando no coração nos invade uma certeza de que ali não há nada mais? Ou há momentos em que devemos silenciar o coração para depois o conseguirmos ouvir bater mais alto? 

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