quinta-feira, 1 de outubro de 2009

Querido desconhecido que respondes pela assinatura de Jorge Prata,

Dei por ti a entrar na minha caixa móvel de mensagens como quem promete marcar a diferença. Sem número de telemóvel associado, num registo ortograficamente promissor, com palavras de galanteio QB, e toques de escrita reveladores de algum conhecimento do meu ‘estilo de jogo’.

Sim, Jorge. Devo reconhecer que causaste boa impressão à minha leitura. Sim, Jorge. Admito que espicaçar a minha curiosidade é meio caminho andado para despertar o meu interesse. Mas não, Jorge. Não estou a perceber onde é que tu queres chegar. Por acaso já percebeste que não tenho forma de responder às tuas mensagens?

Pois não, Jorge. Ao enviares sms’s de um qualquer site – daqueles que pensava enterrados nos primórdios das minhas comunicações móveis e cibernáuticas – barras-me uma eventual possibilidade de resposta. Por isso não adianta observares que estou «muito calada», nem vale a pena questionares por que razão não digo nada, nem por que raio não faço barulho. O que pensar então de algumas das tuas tiradas? «Depois não digas que não te ligam…eu bem tento??»

Ó querido Jorge, tu só podes estar enganado no 96! Será que ainda não interiorizaste isso? Também já me passeou pela cabeça a ideia de estares tão baralhado dos nervos, que me confundiste com uma qualquer ‘delfim’ da tua vida: pediste-me para ser a melhor da minha turma, feito que «não deve ser difícil?».

Ok! «Não é nada comigo», sossego-me por instantes, para logo de seguida ver-te, de novo, a plantar a confusão em mim. Ligas-me duas vezes de um número confidencial – consta que apenas para ouvir a minha voz –, e, mais uma vez, me pões a reflectir sobre uma das tuas mensagens. Poderás tu saber que decidi partir desta à procura de melhor?

Ou não passam as tuas palavras de uma inquietante coincidência? É que nesta fase das minhas determinações, pedires-me para pensar enquanto é tempo e aconselhares-me a repensar a minha vida, tem muito que me perturbe. Quem raio és tu que ficas transtornado de cada vez que pensas a sério nisto? Nisto o quê? Na minha recente decisão de vida? Por que dizes que para ti é só vantagens, mas para mim não é bem assim?

Dizes que sei que me adoras, despedes-te com um beijão, mas deixas-me pr’aqui completamente perdida num infinito de dúvidas razoáveis. Sim, Jorge, eu sei que é escusado escrever-te porque não tens esta morada, da mesma forma que sei que é escusado escreveres-me sem deixares a tua morada. Mas ele há coisas que não têm explicação e parecem existir apenas para não fazer qualquer sentido.

2 comentários:

  1. Cá para mim esse Jorge Prata conhece-te bem e está bem perto de ti.
    Deve ser mt tímido ou então não tem Fé nenhuma na tua vontade de lhe dares uma hipótese...
    Não desconfias de ninguém ninguém? :)
    Beijos!
    Quando jantamos??
    Ivana

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  2. Tudo é possível amiga, mas não tenho qualquer desconfiança. Convinha que jantássemos antes da minha partida, que ainda não sei quando será...
    bjs gordos

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