sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013

O ganho em vez da perda


Habituamo-nos ao rosário. Metemos na cabeça que chorar faz parte de sofrer, convencemo-nos que sem lágrimas o drama não conta e, assim, de pranto em pranto, assumimos que toda a grande perda deve ser abundantemente molhada. Seja porque liberta, seja porque alivia, seja porque sei lá mais o quê…Tudo como se as emoções fossem variáveis perdidas numa fórmula matemática.

Por isso estranhei-me na minha contenção emocional. Por isso questionei-me na consciência da minha sensibilidade. Mas agora, à passagem de quase um mês da notícia que me entristeceu até às lágrimas, sei que foi a certeza da vida, tão bem descrita por ele, que me enxugou o pranto. «Toda uma vida bem comida, bem vivida e bem curtida».

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