quinta-feira, 10 de setembro de 2009

Glu, glu, glu



Como se os momentos de adjectivação vinícola não fossem já suficientemente absurdos, eis que me deparo com uma nova tendência palatina, servida no jantar de segunda-feira. Quais especialistas na ‘arte’ de degustar o líquido incolor, inodoro e insípido, os meus parceiros de mesa conseguiram algo que julgava impossível: estiveram por uma eternidade (que é como quem diz cinco longos minutos) a discutir o impacto de uma marca de água sobre os seus paladares. Para compor o estapafúrdio da cena, assumi o papel de cobaia e submeti-me à experiência de trocar o trago de vinho tinto que me ia amaciando o palato por um e outro gole de sabor a nada. E tudo isto para chegar à mesma observação de sempre: água é água*.

*Convém sublinhar que até a tantas vezes condenada água do Algarve me sabe a água. Meaning: mata a sede.

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