quarta-feira, 13 de maio de 2009

A caderneta

Não sei se é do excesso de álcool que as abastece ou do misturar de danças que as favorece, mas as minhas adoradas pistas assemelham-se cada vez mais a uma caderneta, que, fiel a tantas outras colecções do género, destaca-se pela bizarria de alguns cromos. E porque hoje deu-me para folhear as memórias das minhas primeiras aquisições de 2009, recuperei dois dos melhores cromos da época.

Sigam eles...

O primeiro aproximou-se da minha dança depois do que me pareceu ser uma tentativa desesperada de hipnotizar-me ao seu encontro, através de um insistente e melado lançamento de olhares. Agarra-me no braço, puxa-me de forma a alcançar o meu ouvido e dispara confiante: «Estás a dar-me calor». Resultado? Afastei-o e pedi-lhe que fosse arrefecer para bem longe.

Noites depois, já noutra pista, aparece-me outro 'conquistador' disposto a cercar-me os movimentos. Vou-me afastando em busca de espaço, mas como o cerco persiste, passo a emitir os meus sinais glaciares. Podre de bêbado, o predador sai-se com o convite: «Queres ir jantar?». Àquela hora do amanhecer o meu estômago já pedia algum conforto, mas jantar às cinco da manhã? «Não é agora», esclareceu-me. Ah, respondi-lhe, segundos antes de acrescentar: Então achas que temos futuro? Resultado? Ficou ofendido por não o ter levado a sério.

4 comentários:

  1. Poderosaaaa! Lololol!
    Iva

    ResponderEliminar
  2. Qual poder qual quê! Vê-se bem que estás fora do circuito...garanto-te que a night tem muitos filmes destes...

    ResponderEliminar
  3. Eu sei!! Mas também não precisas de te desvalorizar po causa disso! Aceita o elogio e acabou a conversa!! Grrrr!
    Lololol!
    Iva

    ResponderEliminar