quarta-feira, 20 de maio de 2009

É o amor


A observação é-me dirigida em pelo menos uma de cada três reacções à minha declaração: «Eu amo o Benfica e quem ama um clube assim assume». Assumindo o amor e o meio plágio à melhor publicidade de sempre (O pior golo da minha vida), só me ocorre pensar que isto do amor tende a ser excessivamente idealizado.

Quem é que se lembrou de restringir o verbo amar a pessoas? Será que há conjugações que esvaziam o verbo de sentido? Ou não será antes a mania de mitificar os sentimentos a esvaziar o amar de sentido?

Podem dissertar o quanto bem entenderem, mas o meu léxico continuará a dispensar dogmas sentimentais. Eu amo o Benfica. De um modo diferente daquele que amo a minha família e os meus amigos mas ainda assim amo. Não me limito a gostar porque o gostar nunca me tirou do sério. O gostar nunca me desregulou o ritmo cardíaco nem nunca me privou do sono.

Aliás, muito para além da boa energia que me liga ao Benfica, quanto mais vivo mais vou preferindo o amar ao gostar. Da mesma forma que mais vou achando que gostar é para os fracos de coração. E eu preciso do meu coração a bater bem forte.

2 comentários:

  1. Só para que saibas... decidi esta semana que assim que começar a época vou fazer-me sócia!! Assim já te vou poder acompanhar

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  2. bela decisão, mas não precisas de esperar pelo começo de época para a colocar em prática ;-)

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