O primeiro nome que ouvi transportou-me os pensamentos para um aviário pouco antes de os estacionar numa pocilga. Já desviada das memórias da gripe das aves (ou aviária) começo a aterrar nos sintomas da gripe dos porcos (ou suína) quando me apercebo da ‘exporcação’.
Num fenómeno típico de notícias que prometem desenvolvimentos atrás de sequelas, chega a primeira variação: como os sinónimos dão sempre jeito, por que motivo não nacionalizar a doença? Gripe mexicana, por supuesto!
Não! Esperem! Afinal não estamos despachados. Os sintomas também podem resumir-se numa febre (seja suína ou mexicana), e ainda podemos dar ciência à coisa, tratando a gripe pelo vírus que os especialistas exigem. Chegamos então ao H1N1, vírus que na versão alargada deve tomar-se por A-H1N1, embora na versão resumida regresse ao mais sensaborão dos registos: gripe A.
E como uma novidade nunca é demais, ainda vamos a tempo de ouvir o ilustre entendimento dos excelsos ministros da Saúde dos 27. Porcos? Qual gripe suína qual quê. Vírus? Qual gripe A qual carapuça. A grande novidade está mesmo na novidade: dizem os ministros da UE que estamos perante o quê? Uma nova gripe! É então que me ponho a pensar na dificuldade que tiveram para incubar esta definição. Por pouco não lhe chamaram nova doença, não?
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