segunda-feira, 4 de maio de 2009

Just because



A combinação era esta: assim que o meu olhar se travasse de boas razões com outro olhar apertava a mão da minha recém-conhecida amiga, e, em dupla, faríamos um approach ao estilo do 'segredo' daquele Estado.

«Aqui na Bahia tá valendo a quantidade e não a qualidade». Enquanto os meus lábios sorriam para as palavras da minha recém-amiga, os meus ouvidos sintonizavam bem alto a voz da Carla Visi: «Já beijei um, já beijei dois, já beijei três/ Hoje eu já beijei/ Vou beijar mais uma vez».

A combinação era mesmo aquela, mas o capeta bebível que possuía a minha lucidez baralhou-me os sentidos. Ignorei por isso o protocolo, e, alheando-me dos apertos de mão, soltei toda a minha baianidade. Já que tava valendo a quantidade, naquela noite de Bahia eu fiz mais do que dançar ao refrão da banda cheiro de amor.

Para começar foi um mineiro (mas nada de confusões com o pessoal da extracção). Depois saiu-me um british importado das Índias e, qual cereja em cima do bolo, encerrei a noite com um bahiano arretado. Mais noite, menos noite, foi a partir daí que me tornei uma exploradora convicta dos beijos aleatórios, embora continue a preferir os clássicos que me aceleram o fôlego das paixões.

4 comentários:

  1. Esta mulher é só emoções! :)
    Beijos!
    Ivana

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  4. como podes ver, sou muito bem mandada :)

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