segunda-feira, 11 de maio de 2009

Já cá faltava este!


Há aqueles que de tão básicos tornam-se mesmo, mesmo, mas mesmo enervantes. Obrigado é merci?! Só por causa desta frase e das imagens patéticas que lhe estão associadas, sempre que passo por uma caixa deles fico com náuseas e vomito qualquer possibilidade de compra.

Depois há aqueles mesmo, mesmo, mas mesmo inacreditáveis de tão estúpidos que são. Pode alguém não conhecer os sintomas de uma gripe?! Pelos vistos há doente que se indigne com a simples possibilidade de não ter o exclusivo da doença.

Ainda no reino da diarreia publicitária, há também aqueles mesmo, mesmo, mas mesmo repelentes de tão fúteis. É preciso equiparar uma pessoa com excesso de peso a um pesadelo para promover um produto de emagrecimento?!

Como se não bastasse, agora há mais este! Ainda por cima produzido por um dos poucos nichos de onde ainda é possível extrair alguma criatividade. Embora já tenha perdido a conta às vezes em que vi o raio do anúncio - cálculos de um fim-de-semana de chuva paralisante- continuo sem perceber a lógica por trás da história do ‘deita cá para fora’.

Bem sei que sou da turma dos exigentes, mas com uma frase dessas o anúncio não deveria explorar o fluir dos discursos? Ou deitar cá para fora já se converteu num despejar acrítico de vocábulos que nos entopem os pensamentos, independentemente de sentidos e contextos? A ideia é aproveitar a borla móvel para parecermos uns desequilibrados verbais?

Palavra que não entendo! Mas talvez ajudasse à minha compreensão perceber o que diz o boneco do mais recente anúncio da minha irritação. É que apesar de a figura querer dar ares de homem, aquela dicção de ventríloquo não me consegue esclarecer.

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