
No desfile das tendências jornalísticas que se reproduzem por mimetismo, não entendo a atracção pelas medidas concretas. Percebo que concreto seja sinónimo de claro e que o adjectivo reforce a importância do substantivo. Mas nem assim a moda das medidas concretas me convence.
Tenho para mim que medidas são medidas, que se não forem concretas não passam de ideias e que se não forem concretizáveis não passam de intenções. Apelo por isso aos grandes criadores dos chavões jornalísticos para que abdiquem do concreto introdutório e passem logo à concretização.
Dizer ou escrever que fulano apresentou medidas para legalizar a preguiça (medida à partida não concretizável) não chega? É preciso dizer e escrever que foram medidas concretas? Como bónus pelo acerto na resposta evita-se a adjectivação, dito e maldito pecado de uma escrita que se quer factual.
Sem comentários:
Enviar um comentário