terça-feira, 10 de março de 2009

Agora é o facebook



Quer dizer, agora, agora, não é. Afinal, há mais de um ano que ouço falar das vantagens desta ‘grande aldeia’ sobre a sua congénere hi5. Acontece que só agora o tuga acordou para as potencialidades do facebook, até aposto que iluminado pela ascensão do meu querido Presidente.

E como agora é in ter um perfil no facebook, venham daí os perfilados. Ele é o político que se coloca muito à frente, ela é a carinha laroca descentralizada das revistas cor-de-rosa, ele é o pseudo-actor que esbanja popularidade, eles são uns não sei quantos em busca de não sei o quê.

Aliciam-me a espreitar, convidam-me à inscrição e, como não desarmo do NÃO, passam da defesa ao ataque. Então dizem-me que aquilo é uma animação (imagino o quanto as parties virtuais devem superar o excitex das minhas parties reais); avisam-me que ando a perder coisas (poses, legendas, poses, legendas); e propagandeiam a facilidade de localização (e viva o GPS) de grandes amigos por essa vida fora extraviados.

E eu insisto na minha. Mas por mais que exponha a minha incompatibilidade genética com o virtual, há quem persista em não entender. Vai daí desatam a discutir comigo o sexo dos anjos, e vai daí vejo-me perdida num carnaval típico da escola Fátima Campos Ferreira.

Que mais querem que diga? Do que eu gosto mesmo é de apalpar os meus amigos e, já agora, de ser apalpada por amigos que desfilem o bom cenário do Justin da foto. Bem sei que o hi5 e o facebook não me impedem de apalpar nem de ser apalpada, mas não vejo no que poderão favorecer o meu bom gosto. Mais ainda se tivermos em conta que fã que é fã de apalpão não se compraz de apalpões virtualmente aproximados. Fã que é fã exige um apalpão integralmente de verdade, que é como quem diz carnalmente esgalhado.

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