quarta-feira, 11 de março de 2009

Lembrança activada por um certo apalpão



Ali era tudo em big. Extra-large mesmo. Edifícios, estradas, carros… Hollywood à vista da janela do plenamente estrelado quarto de hotel; o Kodak Theatre ainda antes de virar a esquina; as estrelas dos famosos a assinalarem-me o percurso dos passos; as voltas por Santa Monica; os sets das mais famosas gravações em série; os mundos rosa de Melrose Place e Beverly Hills; os Starbucks como cogumelos…

Tudo tão estonteantemente DAZZLING, que, num certo cruzamento, estive a um carro de perder o controlo dos meus sentidos. Eu, que até ali apenas via nele mais um personagem deslavado da indústria MTV(lev)iana, mumifiquei só de sentir aquele olhar automaticamente reflectido na minha abdução.

Completamente hipnotizada, enquanto esperava pela abertura de um sinal que acabava de fechar, descubro naquele cruzamento – alcançado à sorte de alguns desvios de camone – o poder do tão famoso X-FACTOR. O tal elemento inadjectivável que congrega tudo de bom e mais alguma coisa.

Fixada nele – enquanto ele olhava para mim como quem estranha a ausência de habituais histerismos de idolatria –, senti-me atravessada por um oceano ocular de tamanha profundidade que saí de LA absolutamente love stoned.

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